AUTOAMOR – O AMOR PRÓPRIO
Por Conceição Vitor
Praticamente,
quase todos nós, ocidentais, fomos programados com a crença de que amor próprio
ou o amor por si mesmo é sinal de egoísmo. Na comunidade cristã, então, o amor
próprio é considerado pecado: devemos amar o próximo, em primeiro lugar.
Essa
é uma crença que interessa muito às instituições de poder, mas é totalmente
nociva ao crescimento da alma humana.
Eu
explico mais claramente...
Conhecem
a célebre e milenar frase: “Ame o próximo COMO a ti mesmo”? Ele não disse: ame
o próximo MAIS do que a ti mesmo...
Essa
palavra “como” é de extrema importância nesse contexto, porque é um elemento de
comparação, e é preciso conhecer para comparar... É preciso antes experimentar,
sentir, para se fazer um juízo de valor, para conhecer.
Então,
para amar alguém... para amar o próximo é preciso, antes, ter a experiência de
amar a si mesmo, para conhecer o amor. Ninguém consegue amar o outro, sem antes
experimentar o próprio amor. Quando você não se ama, não sabe o que é amor e
não vai saber amar o outro... você vai querer controlar o outro... possuir o
outro... e isso não é amor!
Amar-se
é a única maneira de conhecer o amor, e o amor próprio é a base de todas as
outras formas de amar. É a partir do amor próprio que nasce o amor
incondicional... Não há outra forma!
A
dor de não se amar faz você se agarrar ao amor do outro, criando o apego, a
dependência, o vampirismo emocional, que adoece todas as relações, sejam de que
natureza forem.
A
dor é inevitável na experiência da dualidade tridimensional, mas o sofrimento é
opcional. O sofrimento nada mais é do que o apego à dor... nos apaixonamos pela
dor e a revivemos, dia-após-dia, na lembrança porque, na realidade, no Agora,
ela não existe. Já passou.
Se
você se ama... se você experimenta o próprio amor, você não se deixa sofrer...
não se deixa doer... Você se doa sem se anular...
O
autoamor é a base do seu equilíbrio, do seu bem-estar, do seu senso de justiça
e de equidade...
Quem
se ama, se respeita... e é somente a partir daí que respeita o outro, porque se
espelha e desenvolve a empatia, que é a capacidade de se colocar no lugar do
outro.
Somente
quem se ama é capaz de ser amado, porque a energia que esparge é a mesma que
recebe de volta.
Quem
não experimenta o próprio amor não sabe amar... e, portanto, não recebe amor. Apenas
se apega, manipula e controla, atraindo para si outros iguais.
O
autoamor é impregnado da energia de aceitação... o que é diferente de
acomodação. Aceitação é encarar a realidade como se apresenta, sem julgamento,
sem críticas, sem reprovações, sem punições...
Aceitar
é compreender o processo, observar os resultados, ponderar os próximos
movimentos sem se julgar e recriminar por decisões ou atitudes que não
trouxeram um resultado satisfatório. E fazer novas escolhas... a partir do
aprendizado da situação atual.
Isso
vale para tudo... e sempre, em qualquer situação.
Quem
se ama não se julga ou se pune... e porque não se julga e pune, também não
julga ou pune o outro.
Você
é a base de tudo... tudo parte de você... Assim sendo, qualquer forma de amor
somente pode partir de seu próprio amor... seu AUTOAMOR.
Reflita
um pouco sobre isso... Se dê a chance de transcender paradigmas obsoletos e
mal-intencionados... AME-SE! E ame a tudo e a todos a partir de si mesmo.
-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-
Este artigo é protegido por direitos autorais. O
autor dá permissão de compartilhá-lo, através de qualquer meio, contanto que os
créditos sejam incluídos: nome do autor, data da postagem e o local onde se
obteve a informação divulgada com o corpo da mensagem. É expressamente proibida
sua comercialização sob qualquer forma ou seu conteúdo adulterado ou
parcialmente divulgado (trechos da
mensagem) ou utilizado para base de qualquer trabalho sem prévia permissão
do autor. Sempre incluir o endereço eletrônico do site oficial no Brasil: almasiriana.blogspot.com.