POSTAGENS FIXAS

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2019

AUTOAMOR – O AMOR PRÓPRIO


Por Conceição Vitor

Praticamente, quase todos nós, ocidentais, fomos programados com a crença de que amor próprio ou o amor por si mesmo é sinal de egoísmo. Na comunidade cristã, então, o amor próprio é considerado pecado: devemos amar o próximo, em primeiro lugar.

Essa é uma crença que interessa muito às instituições de poder, mas é totalmente nociva ao crescimento da alma humana.

Eu explico mais claramente...

Conhecem a célebre e milenar frase: “Ame o próximo COMO a ti mesmo”? Ele não disse: ame o próximo MAIS do que a ti mesmo...

Essa palavra “como” é de extrema importância nesse contexto, porque é um elemento de comparação, e é preciso conhecer para comparar... É preciso antes experimentar, sentir, para se fazer um juízo de valor, para conhecer.

Então, para amar alguém... para amar o próximo é preciso, antes, ter a experiência de amar a si mesmo, para conhecer o amor. Ninguém consegue amar o outro, sem antes experimentar o próprio amor. Quando você não se ama, não sabe o que é amor e não vai saber amar o outro... você vai querer controlar o outro... possuir o outro... e isso não é amor!

Amar-se é a única maneira de conhecer o amor, e o amor próprio é a base de todas as outras formas de amar. É a partir do amor próprio que nasce o amor incondicional... Não há outra forma!

A dor de não se amar faz você se agarrar ao amor do outro, criando o apego, a dependência, o vampirismo emocional, que adoece todas as relações, sejam de que natureza forem.

A dor é inevitável na experiência da dualidade tridimensional, mas o sofrimento é opcional. O sofrimento nada mais é do que o apego à dor... nos apaixonamos pela dor e a revivemos, dia-após-dia, na lembrança porque, na realidade, no Agora, ela não existe. Já passou.

Se você se ama... se você experimenta o próprio amor, você não se deixa sofrer... não se deixa doer... Você se doa sem se anular...

O autoamor é a base do seu equilíbrio, do seu bem-estar, do seu senso de justiça e de equidade...

Quem se ama, se respeita... e é somente a partir daí que respeita o outro, porque se espelha e desenvolve a empatia, que é a capacidade de se colocar no lugar do outro.

Somente quem se ama é capaz de ser amado, porque a energia que esparge é a mesma que recebe de volta.

Quem não experimenta o próprio amor não sabe amar... e, portanto, não recebe amor. Apenas se apega, manipula e controla, atraindo para si outros iguais.

O autoamor é impregnado da energia de aceitação... o que é diferente de acomodação. Aceitação é encarar a realidade como se apresenta, sem julgamento, sem críticas, sem reprovações, sem punições...

Aceitar é compreender o processo, observar os resultados, ponderar os próximos movimentos sem se julgar e recriminar por decisões ou atitudes que não trouxeram um resultado satisfatório. E fazer novas escolhas... a partir do aprendizado da situação atual.

Isso vale para tudo... e sempre, em qualquer situação.

Quem se ama não se julga ou se pune... e porque não se julga e pune, também não julga ou pune o outro.

Você é a base de tudo... tudo parte de você... Assim sendo, qualquer forma de amor somente pode partir de seu próprio amor... seu AUTOAMOR.

Reflita um pouco sobre isso... Se dê a chance de transcender paradigmas obsoletos e mal-intencionados... AME-SE! E ame a tudo e a todos a partir de si mesmo.

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