TERAPEUTA E PACIENTE
JESHUA / JESUS / SANANDA
Canalizado por Pamela Kribbe, em maio
de 2018
Querido amigo, Eu Sou
Jeshua, e o saúdo hoje. Estou perto de você em meu coração, porque estamos
profundamente conectados um ao outro. Existe um nível no qual nós somos um em
consciência, uma consciência indivisa, livre, grandiosa e criativa, que é nosso
verdadeiro refúgio.
Você está aqui,
manifestado em uma forma corporal, localizada no tempo e espaço, mas é muito
mais do que isso; e lhe peço que se conecte com essa consciência maior,
indefinida e mais ampla, que o conecta com a sua origem, com o seu Lar.
Sinta Deus dentro
de si, e perceba como esta energia é realmente simples. Deus não está acima de
você, ele é uma energia que flui através de você, através de toda a vida na
Terra, e até através dos objetos e coisas materiais que o rodeiam. Deus é tudo,
e Deus não se sente limitado por formas. Deus é consciência pura e não
adulterada. Entretanto, o Poder Divino deseja vivenciar todas estas formas
diferentes, todas estas manifestações no tempo e espaço.
Sinta agora, por um
momento, quem você é em todo esse fluxo… uma centelha de luz em um imenso
oceano de consciência, mas uma centelha de luz imperecível, que oferece uma
contribuição única para o todo.
Sinta o poder
indestrutível dentro de si, que sempre é, sempre foi e sempre será a centelha
da vida eterna. E nessa centelha de luz, você é parte do Criador, parte de
Deus. Você possui uma consciência criativa e escolhe as experiências da sua
vida, o caminho de vida com o qual você se compromete. Nas profundezas do seu
ser, há um ponto central, no qual você está consciente do projeto da sua vida e
atrai as coisas que deseja experimentar, a fim de se desenvolver e
aprender.
É por isto que,
essencialmente, você nunca é vítima do mundo. Em essência, você nunca é
totalmente impotente ou vulnerável, porque, no fundo do seu ser, essa centelha
de Deus está presente, essa centelha de Deus que diz “sim” para tudo que você
está passando em sua vida, e que, inclusive, sabe que você é capaz de aprender
e se desenvolver a partir dessas experiências e se tornar maior e mais
inclusivo.
Diga “sim” para
essa força dentro de você, essa fonte de luz através da qual você atraiu para
si a vida que você vive agora, com tudo que faz parte dela. Você disse “sim”
uma vez e, internamente, sabe que possui o poder de realizar essa vida, esse
destino, de uma forma positiva, lembrando-se de quem você é, em meio às suas
preocupações terrenas, no seu dia-a-dia, em que enfrenta problemas e
resistências. Voltar para o Lar, para si mesmo, e compartilhar esse
conhecimento e luz com outros, lhe trará a mais profunda satisfação.
Você deseja ser
terapeuta espiritual, o que significa que deseja espalhar luz e consciência na
Terra, a partir da sua alma. E este é um desejo puro e autêntico do seu coração
e da sua alma. Isto vem diretamente da centelha de Deus que você é, porque,
para Deus, é natural compartilhar alegria, sabedoria e entendimento. Isto faz
Deus feliz, e faz você feliz, porque você é Deus em seu coração e em sua alma.
E agora você
pergunta: “Como exatamente se faz isso?… ‘espalhar a luz’, oferecer cura aos
outros?” É sobre isto que desejo falar hoje porque, na sua sociedade, existe
uma estranha dicotomia entre doente e saudável, inteiro e fragmentado. O
terapeuta supostamente se encontra do lado saudável, aquele que é inteiro e
oferece luz e cura aos que estão fragmentados ou doentes.
Visto por esta
perspectiva, o terapeuta é maior e está muito à frente, enquanto o paciente está
atrasado e é menor. E o maior tem algo que o menor não possui e que ele
compartilha com o menor. Entretanto, do ponto de vista espiritual, esta é uma
imagem falsa. O que acontece, então, é que, mesmo antes de a pessoa ser tratada
por um médico ou terapeuta, ela já está se apresentando como menor do que
aquele que a irá tratar, ou seja, o paciente tem um problema e vai ao terapeuta
para que este lhe ofereça uma solução.
Esta imagem do
relacionamento entre terapeuta e paciente permeia toda a assistência convencional
à saúde. O médico que você procura tem o “conhecimento e competência” e,
portanto, você, como paciente, é menor e inferior a ele, porque precisa do
conhecimento dele (de algo que está fora de você), para ficar bom.
Involuntariamente, este modelo também é usado com frequência na “saúde mental”.
Gostaria de sugerir que você arrancasse esta imagem “pela raiz”, porque é uma
ideia completamente falsa de como é um relacionamento entre paciente e
terapeuta.
A verdade é
justamente o contrário: você é um bom terapeuta, se souber fazer-se pequeno e
devolver, àquele que vem buscar sua ajuda, a grandeza dele. Isto é algo que
essa pessoa perdeu involuntariamente.
Uma pessoa que
tenha problemas espirituais graves está, de certa forma, convencida de que é
impotente, de que não consegue suportar a resistência e negatividade da vida,
e, por isto, sente-se pequena e indefesa. Você, como terapeuta espiritual, é
aquele que convida essa pessoa a reencontrar e experimentar novamente sua
própria força. Você a encoraja a descobrir sua própria grandeza, e manter acesa
sua centelha divina interior. E como faz isto? Não é lhe oferecendo algo que a
faça sentir-se melhor, alguma coisa que venha de fora dela, mas acreditando no
poder da alma dessa pessoa. Você faz isso conectando-se com a alma dela, e, a
partir daí, mostrando-lhe, através dos seus olhos, de suas palavras, gestos e
olhar, que acredita nela; mostrando-lhe que você reconhece a força, a beleza e
a sabedoria de sua alma. E graças a esse reconhecimento, e através da sua fé e
confiança no que essa pessoa realmente é, ela também recebe esperança e
confiança.
Este é o caminho da
cura espiritual: devolver ao outro a grandeza dele mesmo. É tentar, de várias
maneiras, reconectá-lo com o poder de sua própria alma e, inclusive, desta
forma, devolver-lhe totalmente a responsabilidade. A grande força do trabalho
espiritual é mostrar à outra pessoa que ela é a única responsável por seu
próprio caminho de vida, e que sua necessidade de cura não é um ponto de
fraqueza; que o que ela está enfrentando não é algo que ela não possa
administrar, que justamente a aceitação da responsabilidade é que poderá
ajudá-la a libertar-se de seus fardos.
Devolver ao
paciente a responsabilidade por sua própria vida não quer dizer abandoná-lo à
sua própria sorte. Significa que você o encoraja a descobrir e experimentar o
poder que existe dentro dele; a perceber que ele é muito maior, mais sábio e
mais poderoso do que imagina. Ser um terapeuta espiritual significa receber o
outro de alma para alma.
Visto da
perspectiva humana, pode parecer que você é mais forte ou sabe mais do que a
outra pessoa, e que ela está em apuros e precisa da sua ajuda. Mas do ponto de
vista da alma, vocês dois estão em um caminho e, neste momento, uma alma tem
mais dor do que a outra, o que não tem nada a ver com o caminho no qual se
encontram como almas, nem com o nível de realizações de cada uma. Simplesmente
uma alma fez uma escolha diferente da outra. Portanto, não há nenhum julgamento
a ser feito, e também não é útil fazê-lo.
Você realiza um
trabalho espiritual porque, no nível da alma, deseja compartilhar a luz. O que
acontece, quando faz este trabalho, é que a sua luz interior brilha mais
intensamente e você experimenta uma satisfação profunda. Neste sentido, não é
tanto o que você faz pelos outros, mas algo que você realiza porque é seu
destino realizá-lo, da mesma forma que uma flor em botão deseja desabrochar. É
por isto que você faz isso; é simplesmente o curso natural dos acontecimentos.
A luz sempre deseja irradiar e aumentar.
Portanto, o
verdadeiro trabalho de luz é irradiar sua luz para os outros sem nenhum
julgamento. Você não tenta resolver os problemas do seu paciente, porque isto é
algo que você não pode fazer, e esta não é a sua intenção. Você permite que sua
luz se irradie sobre a essência dele, ajudando-o a despertar para sua própria
essência, para sua própria luz. Isto é a coisa mais importante que você pode
fazer por outro ser humano. E quando isto se torna disponível por seu
intermédio, você descobre imediatamente um aumento de alegria nesse ser, porque
ele pode se aproximar mais da sua própria essência, da sua própria força vital,
que lhe dá coragem e confiança. Nada pode incutir mais coragem e confiança numa
pessoa, do que sentir que ela é o mestre de sua própria vida, e é capaz de
moldar sua vida a partir da sua própria força interior.
E eu gostaria de
acrescentar mais uma coisa: percebo que você, que faz este trabalho espiritual
ou deseja fazê-lo, às vezes tem dificuldade para liberar a energia negativa da
outra pessoa, sua dor e sofrimento. Tanto que, às vezes, fica oprimido pelo
sofrimento do outro e até se sente sobrecarregado por ele. Nesse momento, você
se afasta da sua própria grandeza, da sua centelha divina, e desliza para o seu
lado humano. Você salta para seu modo antigo: “Ai! Essa pessoa precisa da minha
ajuda! Não posso suportar isto, tenho que lhe estender a mão!” Veja o que esta
abordagem faz para a outra pessoa: você a considera pequena e indefesa, uma
vítima que é preciso salvar. Mas, ao agir assim, você realmente não faz justiça
a ninguém e, no fim, não ajuda em nada.
Manter-se
verdadeiramente em seu poder como ajudante espiritual significa dar um passo
para trás. Como ser humano, você pode ser tentado a dar um passo à frente e
querer suavizar a dor do outro. Mas como ajudante espiritual, como alma, você
dá um passo para trás. Você se mantém totalmente presente, tem compaixão pelo
outro e geralmente entende muito bem o processo pelo qual ele está passando,
mas não se deixa envolver por esse processo. Você se mantém fora do problema.
Você é um farol de luz e, ao retroceder, demonstra que é possível não ser
atraído por pensamentos que envolvam pequenez, fraqueza e desamparo. Dando um
passo para trás, você abre espaço para a outra pessoa assumir sua própria
força. Você a encoraja a assumir essa força, embora esta atitude possa ir
contra tudo que você aprendeu como ser humano.
Esta abordagem pode
parecer dura ou cruel, mas não é, se a enxergarmos do ponto de vista da alma.
Imagine que você se encontre num momento de muita fraqueza, no qual vivencia
muita dor e se sente bastante impotente, ou quando a vida parece demais para
ser suportada. O que lhe pode ser mais útil? Alguém que lhe ofereça ajuda a
partir do nível vibracional no qual se encontra e, desse nível, lhe dê um
tapinha nas costas? Ou alguém que tente ajudá-lo, partindo da ideia de que você
não é capaz de fazer isso por si mesmo?
Como ajudante, você
geralmente dá conselhos bem-intencionados, a partir da sua própria visão de
como resolver o problema da outra pessoa. Mas não alcança realmente a alma
dela, porque não está conectado a ela no nível da alma.
Pense nos momentos
em que você se sente extremamente vulnerável, triste ou ansioso. O que mais o
ajuda nessas horas é alguém que continua acreditando no seu poder, que ainda
continua percebendo a força da sua alma, do seu ser, mesmo que você não se
enxergue totalmente dessa maneira. Este é o verdadeiro trabalho de um terapeuta
espiritual. E isto algumas vezes significa ter que se apegar à imagem da outra
pessoa como um ser poderoso, criativo, livre e amoroso, mesmo que ela não seja
capaz de fazer isto sozinha.
Pode significar que
você tenha que esperar pacientemente, enquanto mantém essa imagem em mente. Mas
é essencial, no nível da alma, que ambos permaneçam como iguais. Senão, você
desliza de novo para a antiga imagem do maior comparado ao menor, do indefeso
diante do poderoso; e esta é uma imagem destrutiva, pois mantém a pessoa
afastada do seu poder verdadeiro.
No momento em que
se sentir fragilizado pela dor ou negatividade dos outros, lembre-se do que
está realmente acontecendo. Tenha a coragem de dar um passo para trás e não
veja isto como insensibilidade ou crueldade, mas como uma reavaliação na qual
você coloca em perspectiva a verdadeira relação entre você e aquele que está
sofrendo. Mantenha-se presente no seu próprio poder, na sua própria luz. Isto é
benéfico para você; não só para a sua mente, mas também para as suas emoções e
o seu corpo. E beneficia também a outra pessoa, porque, deste modo, você lhe
apresenta um farol de luz no qual ela pode se espelhar.
O trabalho
espiritual, no qual você se relaciona com outra pessoa alma a alma, requer que
você faça uma conexão interior com ela, especialmente com a grandeza dela. E
significa, ao mesmo tempo, que você libera completamente a outra pessoa para
ser sua própria grandeza. E isto é muito importante que seja lembrado, porque
liberar o outro é um ato de confiança e é tão importante quanto fazer a
conexão.
Eu acredito em
todos vocês. E embora não esteja aqui para resolver seus problemas, estou aqui
para dizer que cada um de vocês é uma estrela de luz; que sua luz e irradiação
são ilimitadas; que você pode acreditar na sua luz e aproveitá-la, e viver
plenamente aqui na Terra. Este é o trabalho de luz para o qual você veio.
Obrigado por sua presença.
Jeshua
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