Mandalas – um fenômeno
global
Por Sarah
A espiritualidade das mandalas:
Mandalas representam um mundo inteiro, Deus, o ser
humano, a vida e a criação. Essa forma circular é um símbolo chamado arquétipo,
isto é, uma imagem que está enraizada no subconsciente coletivo que governa a
ordem interna da natureza, como no sistema de signos do zodíaco nosso
aniversário determina certos aspectos de nossa personalidade.
O círculo está presente em todas as culturas, pois
é a forma geométrica perfeita, usada para ilustrar a totalidade e a verdade.
Mandalas têm sua origem na Índia e, com o passar do tempo, se espalharam pelo
mundo. Em nossa cultura, o psicanalista suíço Carl G. Jung (1875-1961) a
introduziu para fins terapêuticos, desenvolvendo uma teoria sobre a estrutura
da psique humana.
Segundo Jung, mandalas representam a totalidade da
mente, abrangendo tanto o consciente quanto o inconsciente, e afirmam que o
arquétipo desses desenhos está firmemente ancorado na psique coletiva.
Acredita-se que, ao desenhar mandalas, o espírito e
a mente se conectam. Isso cria uma forma de meditação que consegue expandir
nossa consciência, desenvolve a intuição e até nos dá propriedades
regenerativas em escala celular, até nos introduzir em uma dimensão mais
espiritual de consciência.
Mandalas: um fenômeno global
A universalidade do mandala da terra é uma mandala
do ser; reflete uma estrutura única: o princípio central. O centro é um símbolo
da eternidade, a fonte inesgotável de onde todas as sementes vêm. Uma mandala
consiste em uma série de formas concêntricas, que evocam uma transição entre o
microcosmo e o macrocosmo.
O centro da mandala não é apenas a constante do
espaço, mas também a do tempo: o centro do tempo é agora. Representa o culminar
da consciência. As três propriedades fundamentais da mandala são um centro,
simetria e os pontos cardeais; o primeiro princípio é constante, as outras duas
variáveis dependem da mandala.
As mandalas têm uma beleza hipnótica e viva, e
embora tenham estado conosco por séculos, nos últimos anos, elas se tornaram um
fenômeno generalizado. As mandalas estão por toda parte: elas aparecem na
própria natureza e assumem a forma de objetos cotidianos, como pinturas, joias,
pingentes e até tatuagens.
Os livros, cursos e oficinas de mandala se
multiplicaram e aqueles que praticam esta arte antiga asseguram uma nova harmonia
com a ordem natural e um maior equilíbrio e bem-estar, graças às suas virtudes
terapêuticas.
Mas por que essas formas geométricas nos atraem tão
poderosamente aqueles padrões que se repetem combinando formas e cores? Quais
benefícios vêm da criação, coloração ou simplesmente contemplação de uma
mandala?
Origem das mandalas
A palavra mandala vem do sânscrito e significa
círculo sagrado, círculo mágico ou roda. O círculo representa a ideia do
divino, da eternidade e do universo, da unidade e de tudo, a forma perfeita,
sem começo nem fim, presente em tudo o que nos rodeia.
Diz-se que as mandalas contêm um significado
espiritual em seu interior, que mesmo contemplá-las tem um profundo poder
transformador e que elas podem despertar nas qualidades mais obstinadas do
indivíduo, como compaixão, generosidade ou sabedoria.
Embora nativas da Índia, as configurações de
mandala também aparecem em outras culturas, como a arte cristã e gótica
medieval, no mundo andino, entre os aborígines australianos ou na tradição
esotérica, na forma de círculos protetores e outros talismãs.
Mas talvez os mais famosos sejam aqueles feitos com
areia colorida pelos monges tibetanos, que são criados para serem destruídos
cerimonialmente, lembrando assim a impermanência da realidade em que vivemos
como ajuda para praticar o desapego.
Mandalas de areia são muitas vezes feitas a pedido
da comunidade, para trazer paz e harmonia aos lugares e seus habitantes, para
consagrar remédios medicinais, para purificar ambientes e pessoas ou como
iniciação de algum ritual tântrico.
De acordo com a crença budista, a simples
participação ou colaboração no processo de criação de uma mandala de areia
purifica os seres e o ambiente onde ela ocorre.
Mandalaterapia e seus benefícios
Carl Gustav Jung despertou o interesse pelas
mandalas orientais na civilização ocidental. Ele as considerou como uma
expressão do inconsciente e as usou em psicoterapia para ajudar seus pacientes
a ordenarem seu caos interno.
O próprio psiquiatra dedicou-se à prática cotidiana
de criar mandalas, assegurando em seus escritos que pintar mandalas traz paz e
tranquilidade e lança luz sobre a escuridão de nossa mente.
Atualmente, como terapia alternativa, as mandalas
são usadas para atingir o inconsciente e desencadear emoções e pensamentos que
são frequentemente ignorados. Elas também servem como uma ferramenta de trabalho
interior e nos ajudam a equilibrar nos níveis mental e emocional.
Portanto, nos benefícios que qualquer expressão
artística acarreta, no caso da criação de mandalas, o trabalho espiritual é
acrescentado, através da atenção plena e da meditação ativa que, com a prática,
ajudam a gerar harmonia, paz e equilíbrio interno.
Além disso, pintar mandalas traz outros benefícios,
como redução do estresse, imaginação aprimorada e criatividade, concentração,
disciplina, precisão e flexibilidade, desenvolvendo a paciência e até mesmo
ajudando nos processos de cura de várias patologias físicas.
Como pintar mandalas
A única regra é permitir-se a liberdade criativa
para deixar sua imaginação fluir. Música relaxante, um lugar confortável e o
desejo de desconectar-se de qualquer externalidade.
Mandalas de pintura podem ser uma atividade sozinho
ou em grupo. Qualquer um pode fazer isso. Você pode criar um desenho com um
compasso e preenchê-lo manualmente com figuras geométricas, barras, pétalas,
bordas ou modelos pré-desenhados coloridos.
Qualquer suporte e material de coloração é válido:
lápis, marcadores, aquarelas. Normalmente, comece de dentro para fora, mas não
é essencial fazê-lo; o que é recomendado, porém, é que você termine a primeira
mandala antes de iniciar uma nova.
Se um efeito de relaxamento for desejado, é melhor
escolher figuras grandes e simples. Agora, se você quiser aumentar a
concentração, é preferível optar por formas mais complexas e detalhadas.
Quanto ao uso de cores, também é inteiramente livre
e, de fato, a escolha de cores e formas será mais reveladora para os
especialistas dedicados à interpretação de mandalas utilizadas para fins
terapêuticos.
Como uma mandala pode me ajudar?
Para todas as culturas que usam mandalas, tanto na
meditação quanto na cura, as mandalas representam o universo, o círculo sagrado
da vida e outros símbolos espirituais, como a harmonia, a integridade e a
unidade.
O principal é escolher um que represente algo
especial para você em um dado momento, algo que chame sua atenção; Se você vai
criar um, considere não apenas a simetria, mas o seu significado. Tenha isso em
mente ao focar, nos elementos e nas cores do design.
Esses pensamentos são o que irá ajudá-lo a
materializar a mandala e entrar nesse estado de abstração. A mandala conecta
você com o aqui e agora.
Criando uma Mandala original
Uma vez que você tenha uma compreensão da criação
da mandala, você pode criar uma do zero. Esta é uma experiência satisfatória,
pois pode ser individualizada tanto no design como na cor, ou pode até ser
desenhada em pares quando há uma suprema afinidade astral.
Você pode querer ouvir alguma música relaxante, mas
é sempre uma boa ideia respirar fundo e relaxar antes de começar. É sobre estar
em um estado relaxado.
Comece desenhando um círculo e continue desenhando
círculos e formas menores do centro até as bordas. Você pode desenhar no meio
do círculo algo que tenha algum significado para você. Às vezes, outro círculo,
um diamante, um triângulo, este será seu “motivo” ou tema.
Alterar formas, ou cores, procura por assimetria.
Continue pensando em novos padrões expandindo para fora, movendo-se em direção
às bordas do círculo. Podemos colocar quantos anéis (camadas) quisermos. Uma
mandala só termina quando se diz. Quando a mandala estiver terminada,
certifique-se de colocá-la em um lugar onde você possa vê-la todos os dias,
use-a durante suas meditações.
Formas de mandala e seus significados:
O círculo: se refere a coisas que não têm um nome específico
ou podem ser unificadas. O ponto central desse círculo representa o divino ou,
mais especificamente, o eu.
A linha horizontal: essa linha é o que separa e
divide a parte superior do mundo da parte inferior; uma linha que simboliza a
energia da mãe.
Linhas verticais: é a linha responsável por unir o
mundo terreno com o sagrado e simboliza a energia.
A espiral: Um elemento comum em todas as mandalas que
significa o desenvolvimento e a dinâmica do processo interno.
Cores da mandala e seus significados:
Azul
Azul é a cor do céu e da água. Azul expressa
receptividade, criatividade e poder espiritual. Abre a porta à imaginação, aos
sonhos e ao inconsciente. É muito relaxante e eleva a qualidade da decisão, a
originalidade e a organização.
Amarelo
Amarelo é a cor do sol, expressa alegria, renovação
e comunicação. Desenvolve o intelecto e o senso de responsabilidade. O dourado
representa o contato com o divino.
Roxo
O roxo promove a consciência interior, reflete a
dignidade, a nobreza e o respeito próprio. É “a cor da realeza”. Em um nível
psíquico, sua qualidade está em sintonia com a visão e a percepção: o roxo
torna-se o criador do destino humano.
Laranja
O laranja é extrovertido e decidido, como o
vermelho, mas de uma maneira mais construtiva. Reflete o entusiasmo combinado
com uma vivacidade natural e instintiva. Isso traz autoconfiança, força e
coragem.
Vermelho
O vermelho é o símbolo da renovação da vida e do
fortalecimento da energia vital. As pessoas extrovertidas preferem isso como um
sinal de sua abertura, energia e atividade. A cor vermelha escura harmoniza o
chakra básico e combate a escassez de energia para restaurar a força física.
Turquesa
Turquesa incentiva a comunicação criativa. Dá a
abertura necessária para mostrar sua criatividade, para se expressar
diretamente do coração, livre de medos e vulnerabilidades. Promove a
independência e a capacidade de assumir responsabilidade por seus sentimentos e
ações.
Verde
Verde nos ajuda a encontrar nosso espaço. Traz paz
às emoções através da calma e equilíbrio. É a cor do chakra do coração, que se
abre e se acalma. Também ajuda a se expandir para respirar.
Rosa
Rosa é o compromisso de amar a nós mesmos e aos
outros; nos cobre em uma atmosfera cordial que nos ajuda a dar o melhor de nós
mesmos.
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Fonte: https://numerologysign.com/
Edição e tradução exclusiva dos Trabalhadores da Luz: Laudi Fagundes.
http://trabalhadoresdaluz.altervista.org