EM SERVIÇO NO PLANETA TERRA

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domingo, 3 de março de 2019

A PROFANAÇÃO DO SAGRADO FEMININO


O que hoje é tido como herege, profano, demoníaco já foi sagrado; tanto quanto o que hoje é separação já foi UM.

Nas grandes civilizações, o divino não tinha a polaridade única (por isso incompleta e anômala) que nos foi imposta, há milênios. A divindade possuía o seu duplo polar complementar, o que eliminava o conceito de supremacia, de poder absoluto, de dominação irrestrita e de subjugação inconteste no outro extremo; enfim, todos os extremismos que nos neurotiza.

Tanto o masculino quanto o feminino eram igualmente sagrados e tinham o mesmo valor e a mesma importância em qualquer aspecto. Tudo era harmonia, tudo era equilíbrio...

Entretanto, adveio a cisão, a mentira, a polarização dos conceitos, a masculinização da divindade e tudo se perdeu.

Os homens foram convencidos a ver na mulher duas vertentes: a mãe (símbolo da pureza) e as demais (objetos de prazer). As mulheres foram convencidas de que o único poder que possuem é o poder de sedução, o que acirrou a competição desenfreada entre a própria espécie e a autodesvalorização enquanto pessoa.

Perdeu-se o valor da essência sobrepujada pela aparência, da interiorização dos iniciados sobrepujada pela exteriorização dos religiosos, da espiritualidade sobrepujada pelo misticismo... Perdeu-se o contato com o divino interno, o Eu Superior, a centelha divina que é a extensão de Deus Pai/Mãe em cada um de nós, na medida em que fomos buscar o Deus masculino externo, perdido em algum lugar inalcançável do espaço.

Perdemos a força e adquirimos a violência; perdemos o respeito e adquirimos a desumanização; perdemos o conceito de sociedade e nos isolamos no egocentrismo; perdemos a noção do UM – Criação, e sucumbimos à ação ilimitada do EU - Ego.

Intensificou-se o sofrimento coletivo e pessoal, multiplicaram-se os carmas coletivos e pessoais... e a degeneração da raça foi apenas uma consequência lógica.

O ato sexual, que á celebração do amor divino na fisicalidade, foi demonizado e tergiversado como uma mera satisfação de uma necessidade física.

A sexualidade feminina foi reprimida com a instituição da virgindade como parâmetro de moralidade e dignidade femininas. Muitas culturas religiosas proibiam (ou ainda proíbem) a mulher de sentir prazer e a considerava impura durante o seu ciclo menstrual, retirando-lhe toda a potencialidade energética.

Foi a era da submissão da mulher e do estrangulamento do Sagrado Feminino.

Mas os ciclos evolutivos da vida cósmica se cumprem, independente da vontade dos homens, e a mulher começou a despertar e se libertar das algemas sociais que as mantinham cativas e escravas da vontade dos homens.

Não podendo mais reprimi-las, os dominadores optaram por negligenciá-las ao extremo. Adveio o movimento feminista, logo sequestrado e desviado de seu propósito. E o que era para ser a liberdade sexual da mulher, acabou se transformado em libertinagem, no sexo puramente como satisfação de uma necessidade física.

Ora, no ato sexual há uma poderosa e intensa troca de energia criadora e, ao fazer sexo sem controle, sem conhecer o parceiro, sem qualquer envolvimento afetivo, a mulher se expôs a absorver energias de baixa vibração e a desenvolver doenças psíquicas, emocionais e físicas.

Tanto a repressão quanto a libertinagem sexual são extremamente nocivas e servem apenas para que as instituições de poder mantenham inoperante a força libertadora e transformadora do encontro entre o Sagrado Masculino e o Sagrado Feminino. Isso lhes garante que a humanidade continue sem força vital, sem poder de reação, totalmente manipulável e submissa aos seus engodos bem articulados.

A “guerra dos sexos” foi um movimento muito bem engendrado para garantir que essas duas forças não se unissem contra o status quo e promovessem a libertação da raça humana. Enquanto homens e mulheres forem competidores (um contra o outro), esse estado de coisas continuará.

Homens e mulheres não são competidores, são complementares: a energia elétrica-ativa do masculino se completa com a energia magnética-receptiva do feminino, cada um desempenhando o seu papel energético, formando o Santo Graal.

Porém, é chegado o "fim dos tempos".

O tempo da mentira prescreveu e a cisão tem seus dias contados. Seremos, novamente, todos UM, iguais e inteiros. Deus-Pai (princípio masculino) e Deus-Mãe (princípio feminino) voltarão aos padrões sagrados e duos de Ísis e Osíris, Zeus e Hera, Shiva e Shakti, Jesus e Madalena...

O poder da mulher voltará a ser o poder de amar incondicionalmente, de apaziguar, de equilibrar, de mediar, de serenar, de orientar, de compartir, de espargir alegria, sensibilidade e doçura. O homem resgatará o respeito por seu objeto de amor - a companheira - e não o seu objeto de prazer, de satisfação passageira, instável e volúvel.

Tudo voltará às origens da LUZ!

EM ÁUDIO


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