A
PROFANAÇÃO DO SAGRADO FEMININO
O que hoje é tido como
herege, profano, demoníaco já foi sagrado; tanto quanto o que hoje é separação
já foi UM.
Nas grandes
civilizações, o divino não tinha a polaridade única (por isso
incompleta e anômala) que nos foi imposta, há milênios. A divindade
possuía o seu duplo polar complementar, o que eliminava o conceito de
supremacia, de poder absoluto, de dominação irrestrita e de subjugação
inconteste no outro extremo; enfim, todos os extremismos que nos neurotiza.
Tanto o masculino
quanto o feminino eram igualmente sagrados e tinham o mesmo valor e a mesma
importância em qualquer aspecto. Tudo era harmonia, tudo era equilíbrio...
Entretanto, adveio a
cisão, a mentira, a polarização dos conceitos, a masculinização da divindade e
tudo se perdeu.
Os homens foram
convencidos a ver na mulher duas vertentes: a mãe (símbolo da pureza) e
as demais (objetos de prazer). As mulheres foram convencidas de que
o único poder que possuem é o poder de sedução, o que acirrou a
competição desenfreada entre a própria espécie e a autodesvalorização enquanto
pessoa.
Perdeu-se o valor da
essência sobrepujada pela aparência, da interiorização dos
iniciados sobrepujada pela exteriorização dos religiosos, da
espiritualidade sobrepujada pelo misticismo... Perdeu-se o contato com o divino
interno, o Eu Superior, a centelha divina que é a extensão de Deus Pai/Mãe em
cada um de nós, na medida em que fomos buscar o Deus masculino externo, perdido
em algum lugar inalcançável do espaço.
Perdemos a força e
adquirimos a violência; perdemos o respeito e adquirimos a desumanização;
perdemos o conceito de sociedade e nos isolamos no egocentrismo; perdemos a
noção do UM – Criação, e sucumbimos à ação ilimitada do EU - Ego.
Intensificou-se o
sofrimento coletivo e pessoal, multiplicaram-se os carmas coletivos e
pessoais... e a degeneração da raça foi apenas uma consequência lógica.
O ato sexual, que á
celebração do amor divino na fisicalidade, foi demonizado e tergiversado como
uma mera satisfação de uma necessidade física.
A sexualidade feminina
foi reprimida com a instituição da virgindade como parâmetro de moralidade e
dignidade femininas. Muitas culturas religiosas proibiam (ou ainda proíbem) a
mulher de sentir prazer e a considerava impura durante o seu ciclo menstrual,
retirando-lhe toda a potencialidade energética.
Foi a era da submissão
da mulher e do estrangulamento do Sagrado Feminino.
Mas os ciclos
evolutivos da vida cósmica se cumprem, independente da vontade dos homens, e a
mulher começou a despertar e se libertar das algemas sociais que as mantinham
cativas e escravas da vontade dos homens.
Não podendo mais
reprimi-las, os dominadores optaram por negligenciá-las ao extremo. Adveio o
movimento feminista, logo sequestrado e desviado de seu propósito. E o que era
para ser a liberdade sexual da mulher, acabou se transformado em libertinagem,
no sexo puramente como satisfação de uma necessidade física.
Ora, no ato sexual há
uma poderosa e intensa troca de energia criadora e, ao fazer sexo sem controle,
sem conhecer o parceiro, sem qualquer envolvimento afetivo, a mulher se expôs a
absorver energias de baixa vibração e a desenvolver doenças psíquicas,
emocionais e físicas.
Tanto a repressão
quanto a libertinagem sexual são extremamente nocivas e servem apenas para que
as instituições de poder mantenham inoperante a força libertadora e
transformadora do encontro entre o Sagrado Masculino e o Sagrado Feminino. Isso
lhes garante que a humanidade continue sem força vital, sem poder de reação,
totalmente manipulável e submissa aos seus engodos bem articulados.
A “guerra dos sexos”
foi um movimento muito bem engendrado para garantir que essas duas forças não
se unissem contra o status quo e promovessem a libertação da raça humana.
Enquanto homens e mulheres forem competidores (um contra o outro), esse estado de coisas continuará.
Homens e mulheres não
são competidores, são complementares: a energia elétrica-ativa do masculino se
completa com a energia magnética-receptiva do feminino, cada um desempenhando o
seu papel energético, formando o Santo Graal.
Porém, é chegado o
"fim dos tempos".
O tempo da mentira
prescreveu e a cisão tem seus dias contados. Seremos, novamente, todos UM,
iguais e inteiros. Deus-Pai (princípio masculino) e
Deus-Mãe (princípio feminino) voltarão aos padrões sagrados e
duos de Ísis e Osíris, Zeus e Hera, Shiva e Shakti, Jesus e Madalena...
O poder da mulher voltará a ser o poder de amar
incondicionalmente, de apaziguar, de equilibrar, de mediar, de serenar, de
orientar, de compartir, de espargir alegria, sensibilidade e doçura. O homem
resgatará o respeito por seu objeto de amor - a companheira - e não o seu
objeto de prazer, de satisfação passageira, instável e volúvel.
Tudo voltará às origens da LUZ!
EM ÁUDIO
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