A civilização egípcia
Trazemos
nesta postagem, um excerto da obra “A Caminho da Luz”, psicografada por
Chico Xavier e ditada pelo Espírito Emmanuel, que oferece esclarecimentos
interessantes sobre a Civilização Egípcia e sua origem extraterrena (degredados da Estrela Capela).
Dentre
os Iluminados que lá encarnaram para conduzir a evolução daquele povo e seu
retorno ao lar de origem, estavam alguns Avatares Sirianos: Isis (deusa), Osíris, Hórus (cristo), Toth,
Anúbis, Shekmet (mestra felina) e Bastet
(mestra felina) e Akhenaton.
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“OS EGÍPCIOS:
Dentre os Espíritos degredados na Terra [*], os que
constituíram a civilização egípcia foram os que mais se destacavam na prática
do Bem e no culto da Verdade. Aliás, importa considerar que eram eles os que
menos débitos possuíam perante o tribunal da Justiça Divina. Em razão dos seus
elevados patrimônios morais, guardaram no íntimo uma lembrança mais viva das
experiências de sua pátria distante. Um único desejo os animava, que era
trabalhar devotadamente para regressar, um dia, aos seus penates16 resplandecentes.
Uma saudade torturante do céu foi a base de todas as suas organizações
religiosas. Em nenhuma civilização da Terra o culto da morte foi tão altamente
desenvolvido. Em todos os corações morava a ansiedade de voltar ao orbe
distante, ao qual se sentiam presos pelos mais santos afetos. Foi por esse
motivo que, representando uma das mais belas e adiantadas civilizações de todos
os tempos, as expressões do antigo Egito desapareceram para sempre do plano
tangível do planeta. Depois de perpetuarem nas Pirâmides os seus avançados
conhecimentos, todos os Espíritos daquela região africana regressaram à pátria
sideral.
·
16
Penates: casas
paternas, berço familiar – N. E.
A CIÊNCIA SECRETA:
Em virtude das circunstâncias mencionadas, os
egípcios traziam consigo uma ciência que a evolução da época não comportava.
Aqueles grandes mestres da antiguidade foram, então, compelidos a recolher o
acervo de suas tradições e de suas lembranças no ambiente reservado dos
templos, mediante os mais terríveis compromissos dos iniciados nos seus
mistérios.
Os conhecimentos profundos ficaram circunscritos
ao círculo dos mais graduados sacerdotes da época, observando-se o máximo
cuidado no problema da iniciação. A própria Grécia, que aí buscou a alma de
suas concepções cheias de poesia e de beleza, através da iniciativa dos seus
filhos mais eminentes, no passado longínquo, não recebeu toda a verdade das
ciências misteriosas. Tanto é assim, que as iniciações no Egito se revestiam de
experiências terríveis para o candidato à ciência da vida e da morte fatos
esses que, entre os gregos, eram motivo de festas inesquecíveis.
Os sábios egípcios
conheciam perfeitamente a inoportunidade das grandes revelações espirituais
naquela fase do progresso terrestre; chegando de um mundo de cujas lutas, na
oficina do aperfeiçoamento, haviam guardado as mais vivas recordações; os
sacerdotes mais eminentes conheciam o roteiro que a Humanidade terrestre teria
de realizar. Aí residem os mistérios iniciáticos e a essencial importância que
lhes era atribuída no ambiente dos sábios daquele tempo.
O POLITEÍSMO SIMBÓLICO:
Nos círculos esotéricos,
onde pontificava a palavra esclarecida dos grandes mestres de então, sabia-se
da existência do Deus Único e Absoluto, Pai de todas as criaturas e Providência
de todos os seres, mas os sacerdotes conheciam, igualmente, a função dos
Espíritos prepostos17 de Jesus, na execução de todas as leis físicas e
sociais da existência planetária, em virtude das suas experiências pregressas.
·
17
Preposto: auxiliar,
gerente, diretor – N. E.
·
18
Ísis (deusa
da maternidade e fertilidade) e Osíris (deus da vegetação e da vida do
além) são personagens da mitologia egípcia segunda a qual, mesmo sendo irmãos,
casaram-se e reinavam com prosperidade no Egito até ele ser assassinado por Seth
(deus da violência, desordem e traição). Conhecedora da magia, ela
ressuscitou o marido, enquanto seu filho Hórus, extermina Seth – N. E.
Desse ambiente reservado
de ensinamentos ocultos, partiu, então, a ideia politeísta dos numerosos
deuses, que seriam os senhores da Terra e do Céu, do Homem e da Natureza. As
massas requeriam esse politeísmo simbólico, nas grandes festividades exteriores
da religião. Já os sacerdotes da época conheciam essa fraqueza das almas
jovens, de todos os tempos, satisfazendo-as com as expressões esotéricas de
suas lições sublimadas.
Dessa ideia de
homenagear as forças invisíveis que controlam os fenômenos naturais, classificando-as
para o espírito das massas, na categoria dos deuses, é que nasceu a mitologia
da Grécia, ao perfume das árvores e ao som das flautas dos pastores, em contato
permanente com a Natureza.
O CULTO DA MORTE E A
METEMPSICOSE:
Um dos traços essenciais
desse grande povo foi a preocupação insistente e constante da morte. A sua vida
era apenas um esforço para bem morrer. Seus papiros e afrescos estão cheios dos
consoladores mistérios do além-túmulo.
Era natural. O grande
povo dos faraós guardava a reminiscência do seu doloroso degredo na face
obscura do mundo terreno. E tanto lhe doía semelhante humilhação, que, na
lembrança do pretérito, criou a teoria da metempsicose, acreditando que a alma
de um homem podia regressar ao corpo de um irracional, por determinação
punitiva dos deuses. A metempsicose era o fruto da sua amarga impressão, a
respeito do exílio penoso que lhe fora infligido no ambiente terrestre.
Inventou-se, desse modo,
uma série de rituais e cerimônias para solenizar o regresso dos seus irmãos à
pátria espiritual. Os mistérios de Ísis e Osíris18 mais não eram que símbolos
das forças espirituais que presidem aos fenômenos da morte.
OS EGÍPCIOS E AS
CIÊNCIAS PSÍQUICAS:
As ciências psíquicas da
atualidade eram familiares aos magnos sacerdotes dos templos. O destino e a
comunicação dos mortos, assim como a pluralidade das existências e dos mundos,
eram para eles problemas solucionados e conhecidos. O estudo de suas artes
pictóricas positiva a veracidade destas nossas afirmações.
Num grande número de
afrescos, apresenta-se o homem terrestre acompanhado do seu duplo espiritual.
Os papiros nos falam de suas avançadas ciências nesse sentido e, através deles,
podem os egiptólogos modernos reconhecer que os iniciados sabiam da existência
do corpo espiritual preexistente, que organiza o mundo das coisas e das formas.
Seus conhecimentos, a respeito das energias solares com relação ao magnetismo
humano, eram muito superiores aos da atualidade. Desses conhecimentos nasceram
os processos de mumificação dos corpos, cujas fórmulas se perderam na
indiferença e na inquietação dos outros povos.
Seus reis estavam
tocados do mais alto grau de iniciação, enfeixando nas mãos todos os poderes
espirituais e todos os conhecimentos sagrados. É por isso que a sua
desencarnação provocava a concentração mágica de todas as vontades, no sentido
de cercar-lhes o túmulo de veneração e de supremo respeito. Esse amor não se
traduzia, apenas, nos atos solenes da mumificação. Também o ambiente dos
túmulos era santificado por um estranho magnetismo. Os grandes diretores da
raça, que faziam jus a semelhantes consagrações, eram considerados dignos de
toda a paz no silêncio da morte.
Nessas saturações
magnéticas, que ainda aí estão a desafiar milênios, residem as razões da
tragédia amarga de Lord Carnarvon19 e de alguns dos seus companheiros
que penetraram em primeiro lugar na câmara mortuária de Tutankhamon, e ainda
por isso é que, muitas vezes, nos tempos que correm, os aviadores ingleses
observam o não funcionamento dos aparelhos radiofônicos, quando as suas
máquinas de voo atravessam a limitada atmosfera do vale sagrado.
·
19
O Lord
Carnarvon foi o patrocinador das escavações que descobriram a tumba secreta
do faraó Tutankhamon e um dos homens que lá entraram. Sua morte, ocasionada por
uma infecção após ser picado por um inseto foi atribuída à maldição contra os
que incomodam “o sono de um faraó”, a exemplo de outras tragédias ocorridas com
os que participaram daquela excursão – N. E.
AS PIRÂMIDES:
A assistência carinhosa
do Cristo não desamparou a marcha desse povo cheio de nobreza moral. Enviou-lhe
auxiliares e mensageiros, inspirando-o nas suas realizações, que atravessaram
todos os tempos provocando a admiração e o respeito da posteridade de todos os
séculos. Aquelas almas exiladas, que as mais interessantes características
espirituais singularizam, conheceram, em tempo, que o seu degredo na Terra
atingia o fim.
Impulsionados pelas
forças do Alto, os círculos iniciáticos sugerem a construção das grandes
pirâmides, que ficariam como a sua mensagem eterna para as futuras civilizações
do orbe. Esses grandiosos monumentos teriam duas finalidades simultâneas:
representariam os mais sagrados templos de estudo e iniciação, ao mesmo tempo
em que constituiriam, para os pósteros, um livro do passado, com as mais
singulares profecias em face das obscuridades do porvir.
Levantaram-se, dessa
arte, as grandes construções que assombram a engenharia de todos os tempos.
Todavia, não é o colosso de seus milhões de toneladas de pedra nem o esforço
hercúleo do trabalho de sua justaposição o que mais empolga e impressiona a
quantos contemplam esses monumentos. As pirâmides revelam os mais
extraordinários conhecimentos daquele conjunto de Espíritos estudiosos das
verdades da vida. A par desses conhecimentos, encontram-se ali os roteiros
futuros da Humanidade terrestre. Cada medida tem a sua expressão simbólica,
relativamente ao sistema cosmogônico do planeta e à sua posição no sistema
solar. Ali está o meridiano ideal, que atravessa mais continentes e menos
oceanos, e através do qual se pode calcular a extensão das terras habitáveis
pelo homem, a distância aproximada entre o Sol e a Terra, a longitude
percorrida pelo globo terrestre sobre a sua órbita no espaço de um dia, a
precessão dos equinócios, bem como muitas outras conquistas científicas que
somente agora vêm sendo consolidadas pela moderna astronomia.
REDENÇÃO:
Depois dessa edificação
extraordinária, os grandes iniciados do Egito voltam ao plano espiritual, no
curso incessante dos séculos. Com o seu regresso aos mundos ditosos da Capela,
vão desaparecendo os conhecimentos sagrados dos templos tebanos, que, por sua
vez, os receberam dos grandes sacerdotes de Mênfis.
Aos mistérios de Ísis e
de Osíris, sucedem-se os de Elêusis20, naturalmente transformados nas
iniciações da Grécia antiga. Em algumas centenas de anos, reuniram-se de novo,
nos planos espirituais, os antigos degredados, com a sagrada bênção do Cristo,
seu patrono e salvador. A maioria regressa, então, ao sistema da Capela, onde
os corações se reconfortam nos sagrados reencontros das suas afeições mais
santas e mais puras, mas grande número desses Espíritos, estudiosos e
abnegados, conservaram se nas hostes de Jesus, obedecendo a sagrados
imperativos do sentimento e, ao seu influxo divino, muitas vezes têm
reencarnado na Terra, para desempenho de generosas e abençoadas missões.
·
20 Elêuses: cidade grega onde se efetuavam o cerimonial
descrito como “Mistérios de Elêusis” para os iniciados ao culto das deusas
agrícolas Demeter e Perséfone – N. E.”
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[*] NOTA DO BLOG: segundo outros autores, dentre eles Rodrigo Romo, são muitos os povos degredados na Terra, pelo fato do planeta estar inserido em uma zona de quarentena cósmica. Os capelinos foram um deles e, provavelmente ou certamente, Emmanuel referiu-se a uma única civilização pelo fato de ainda ser inadmissível para a raça humana terrena, na época em que o livro foi escrito (início do século XX), suportar a ideia da presença de várias civilizações extraterrestres convivendo na Terra. Ainda segundo Romo, o próprio Império Siriano tem 12 milhões de exilados na Terra (livro “A Origem”), fora os que estão encarnados a serviço de Jesus (Mestre Sananda) pela Ordem Kumara e outros.
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[*] NOTA DO BLOG: segundo outros autores, dentre eles Rodrigo Romo, são muitos os povos degredados na Terra, pelo fato do planeta estar inserido em uma zona de quarentena cósmica. Os capelinos foram um deles e, provavelmente ou certamente, Emmanuel referiu-se a uma única civilização pelo fato de ainda ser inadmissível para a raça humana terrena, na época em que o livro foi escrito (início do século XX), suportar a ideia da presença de várias civilizações extraterrestres convivendo na Terra. Ainda segundo Romo, o próprio Império Siriano tem 12 milhões de exilados na Terra (livro “A Origem”), fora os que estão encarnados a serviço de Jesus (Mestre Sananda) pela Ordem Kumara e outros.
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Ditada pelo Espírito: Emmanuel
Psicografada por: Francisco Cândido Xavier
Publicação original em 1939 pela: Editora FEB
Federação Espírita Brasileira: www.febnet.org.br