EM SERVIÇO NO PLANETA TERRA

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quinta-feira, 3 de janeiro de 2019

A civilização egípcia


Trazemos nesta postagem, um excerto da obra “A Caminho da Luz”, psicografada por Chico Xavier e ditada pelo Espírito Emmanuel, que oferece esclarecimentos interessantes sobre a Civilização Egípcia e sua origem extraterrena (degredados da Estrela Capela).

Dentre os Iluminados que lá encarnaram para conduzir a evolução daquele povo e seu retorno ao lar de origem, estavam alguns Avatares Sirianos: Isis (deusa), Osíris, Hórus (cristo), Toth, Anúbis, Shekmet (mestra felina) e Bastet (mestra felina) e Akhenaton.

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“OS EGÍPCIOS:
Dentre os Espíritos degredados na Terra [*], os que constituíram a civilização egípcia foram os que mais se destacavam na prática do Bem e no culto da Verdade. Aliás, importa considerar que eram eles os que menos débitos possuíam perante o tribunal da Justiça Divina. Em razão dos seus elevados patrimônios morais, guardaram no íntimo uma lembrança mais viva das experiências de sua pátria distante. Um único desejo os animava, que era trabalhar devotadamente para regressar, um dia, aos seus penates16 resplandecentes. Uma saudade torturante do céu foi a base de todas as suas organizações religiosas. Em nenhuma civilização da Terra o culto da morte foi tão altamente desenvolvido. Em todos os corações morava a ansiedade de voltar ao orbe distante, ao qual se sentiam presos pelos mais santos afetos. Foi por esse motivo que, representando uma das mais belas e adiantadas civilizações de todos os tempos, as expressões do antigo Egito desapareceram para sempre do plano tangível do planeta. Depois de perpetuarem nas Pirâmides os seus avançados conhecimentos, todos os Espíritos daquela região africana regressaram à pátria sideral.

·         16 Penates: casas paternas, berço familiar – N. E.

A CIÊNCIA SECRETA:
Em virtude das circunstâncias mencionadas, os egípcios traziam consigo uma ciência que a evolução da época não comportava. Aqueles grandes mestres da antiguidade foram, então, compelidos a recolher o acervo de suas tradições e de suas lembranças no ambiente reservado dos templos, mediante os mais terríveis compromissos dos iniciados nos seus mistérios.

Os conhecimentos profundos ficaram circunscritos ao círculo dos mais graduados sacerdotes da época, observando-se o máximo cuidado no problema da iniciação. A própria Grécia, que aí buscou a alma de suas concepções cheias de poesia e de beleza, através da iniciativa dos seus filhos mais eminentes, no passado longínquo, não recebeu toda a verdade das ciências misteriosas. Tanto é assim, que as iniciações no Egito se revestiam de experiências terríveis para o candidato à ciência da vida e da morte fatos esses que, entre os gregos, eram motivo de festas inesquecíveis.

Os sábios egípcios conheciam perfeitamente a inoportunidade das grandes revelações espirituais naquela fase do progresso terrestre; chegando de um mundo de cujas lutas, na oficina do aperfeiçoamento, haviam guardado as mais vivas recordações; os sacerdotes mais eminentes conheciam o roteiro que a Humanidade terrestre teria de realizar. Aí residem os mistérios iniciáticos e a essencial importância que lhes era atribuída no ambiente dos sábios daquele tempo.

O POLITEÍSMO SIMBÓLICO:
Nos círculos esotéricos, onde pontificava a palavra esclarecida dos grandes mestres de então, sabia-se da existência do Deus Único e Absoluto, Pai de todas as criaturas e Providência de todos os seres, mas os sacerdotes conheciam, igualmente, a função dos Espíritos prepostos17 de Jesus, na execução de todas as leis físicas e sociais da existência planetária, em virtude das suas experiências pregressas.

·         17 Preposto: auxiliar, gerente, diretor – N. E.
·         18 Ísis (deusa da maternidade e fertilidade) e Osíris (deus da vegetação e da vida do além) são personagens da mitologia egípcia segunda a qual, mesmo sendo irmãos, casaram-se e reinavam com prosperidade no Egito até ele ser assassinado por Seth (deus da violência, desordem e traição). Conhecedora da magia, ela ressuscitou o marido, enquanto seu filho Hórus, extermina Seth – N. E.

Desse ambiente reservado de ensinamentos ocultos, partiu, então, a ideia politeísta dos numerosos deuses, que seriam os senhores da Terra e do Céu, do Homem e da Natureza. As massas requeriam esse politeísmo simbólico, nas grandes festividades exteriores da religião. Já os sacerdotes da época conheciam essa fraqueza das almas jovens, de todos os tempos, satisfazendo-as com as expressões esotéricas de suas lições sublimadas.

Dessa ideia de homenagear as forças invisíveis que controlam os fenômenos naturais, classificando-as para o espírito das massas, na categoria dos deuses, é que nasceu a mitologia da Grécia, ao perfume das árvores e ao som das flautas dos pastores, em contato permanente com a Natureza.

O CULTO DA MORTE E A METEMPSICOSE:
Um dos traços essenciais desse grande povo foi a preocupação insistente e constante da morte. A sua vida era apenas um esforço para bem morrer. Seus papiros e afrescos estão cheios dos consoladores mistérios do além-túmulo.

Era natural. O grande povo dos faraós guardava a reminiscência do seu doloroso degredo na face obscura do mundo terreno. E tanto lhe doía semelhante humilhação, que, na lembrança do pretérito, criou a teoria da metempsicose, acreditando que a alma de um homem podia regressar ao corpo de um irracional, por determinação punitiva dos deuses. A metempsicose era o fruto da sua amarga impressão, a respeito do exílio penoso que lhe fora infligido no ambiente terrestre.

Inventou-se, desse modo, uma série de rituais e cerimônias para solenizar o regresso dos seus irmãos à pátria espiritual. Os mistérios de Ísis e Osíris18 mais não eram que símbolos das forças espirituais que presidem aos fenômenos da morte.

OS EGÍPCIOS E AS CIÊNCIAS PSÍQUICAS:
As ciências psíquicas da atualidade eram familiares aos magnos sacerdotes dos templos. O destino e a comunicação dos mortos, assim como a pluralidade das existências e dos mundos, eram para eles problemas solucionados e conhecidos. O estudo de suas artes pictóricas positiva a veracidade destas nossas afirmações.

Num grande número de afrescos, apresenta-se o homem terrestre acompanhado do seu duplo espiritual. Os papiros nos falam de suas avançadas ciências nesse sentido e, através deles, podem os egiptólogos modernos reconhecer que os iniciados sabiam da existência do corpo espiritual preexistente, que organiza o mundo das coisas e das formas. Seus conhecimentos, a respeito das energias solares com relação ao magnetismo humano, eram muito superiores aos da atualidade. Desses conhecimentos nasceram os processos de mumificação dos corpos, cujas fórmulas se perderam na indiferença e na inquietação dos outros povos.

Seus reis estavam tocados do mais alto grau de iniciação, enfeixando nas mãos todos os poderes espirituais e todos os conhecimentos sagrados. É por isso que a sua desencarnação provocava a concentração mágica de todas as vontades, no sentido de cercar-lhes o túmulo de veneração e de supremo respeito. Esse amor não se traduzia, apenas, nos atos solenes da mumificação. Também o ambiente dos túmulos era santificado por um estranho magnetismo. Os grandes diretores da raça, que faziam jus a semelhantes consagrações, eram considerados dignos de toda a paz no silêncio da morte.
Nessas saturações magnéticas, que ainda aí estão a desafiar milênios, residem as razões da tragédia amarga de Lord Carnarvon19 e de alguns dos seus companheiros que penetraram em primeiro lugar na câmara mortuária de Tutankhamon, e ainda por isso é que, muitas vezes, nos tempos que correm, os aviadores ingleses observam o não funcionamento dos aparelhos radiofônicos, quando as suas máquinas de voo atravessam a limitada atmosfera do vale sagrado.

·         19 O Lord Carnarvon foi o patrocinador das escavações que descobriram a tumba secreta do faraó Tutankhamon e um dos homens que lá entraram. Sua morte, ocasionada por uma infecção após ser picado por um inseto foi atribuída à maldição contra os que incomodam “o sono de um faraó”, a exemplo de outras tragédias ocorridas com os que participaram daquela excursão – N. E.

AS PIRÂMIDES:
A assistência carinhosa do Cristo não desamparou a marcha desse povo cheio de nobreza moral. Enviou-lhe auxiliares e mensageiros, inspirando-o nas suas realizações, que atravessaram todos os tempos provocando a admiração e o respeito da posteridade de todos os séculos. Aquelas almas exiladas, que as mais interessantes características espirituais singularizam, conheceram, em tempo, que o seu degredo na Terra atingia o fim.

Impulsionados pelas forças do Alto, os círculos iniciáticos sugerem a construção das grandes pirâmides, que ficariam como a sua mensagem eterna para as futuras civilizações do orbe. Esses grandiosos monumentos teriam duas finalidades simultâneas: representariam os mais sagrados templos de estudo e iniciação, ao mesmo tempo em que constituiriam, para os pósteros, um livro do passado, com as mais singulares profecias em face das obscuridades do porvir.

Levantaram-se, dessa arte, as grandes construções que assombram a engenharia de todos os tempos. Todavia, não é o colosso de seus milhões de toneladas de pedra nem o esforço hercúleo do trabalho de sua justaposição o que mais empolga e impressiona a quantos contemplam esses monumentos. As pirâmides revelam os mais extraordinários conhecimentos daquele conjunto de Espíritos estudiosos das verdades da vida. A par desses conhecimentos, encontram-se ali os roteiros futuros da Humanidade terrestre. Cada medida tem a sua expressão simbólica, relativamente ao sistema cosmogônico do planeta e à sua posição no sistema solar. Ali está o meridiano ideal, que atravessa mais continentes e menos oceanos, e através do qual se pode calcular a extensão das terras habitáveis pelo homem, a distância aproximada entre o Sol e a Terra, a longitude percorrida pelo globo terrestre sobre a sua órbita no espaço de um dia, a precessão dos equinócios, bem como muitas outras conquistas científicas que somente agora vêm sendo consolidadas pela moderna astronomia.

REDENÇÃO:
Depois dessa edificação extraordinária, os grandes iniciados do Egito voltam ao plano espiritual, no curso incessante dos séculos. Com o seu regresso aos mundos ditosos da Capela, vão desaparecendo os conhecimentos sagrados dos templos tebanos, que, por sua vez, os receberam dos grandes sacerdotes de Mênfis.

Aos mistérios de Ísis e de Osíris, sucedem-se os de Elêusis20, naturalmente transformados nas iniciações da Grécia antiga. Em algumas centenas de anos, reuniram-se de novo, nos planos espirituais, os antigos degredados, com a sagrada bênção do Cristo, seu patrono e salvador. A maioria regressa, então, ao sistema da Capela, onde os corações se reconfortam nos sagrados reencontros das suas afeições mais santas e mais puras, mas grande número desses Espíritos, estudiosos e abnegados, conservaram se nas hostes de Jesus, obedecendo a sagrados imperativos do sentimento e, ao seu influxo divino, muitas vezes têm reencarnado na Terra, para desempenho de generosas e abençoadas missões.

·         20 Elêuses: cidade grega onde se efetuavam o cerimonial descrito como “Mistérios de Elêusis” para os iniciados ao culto das deusas agrícolas Demeter e Perséfone – N. E.”
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[*] NOTA DO BLOG: segundo outros autores, dentre eles Rodrigo Romo, são muitos os povos degredados na Terra, pelo fato do planeta estar inserido em uma zona de quarentena cósmica. Os capelinos foram um deles e, provavelmente ou certamente, Emmanuel referiu-se a uma única civilização pelo fato de ainda ser inadmissível para a raça humana terrena, na época em que o livro foi escrito (início do século XX), suportar a ideia da presença de várias civilizações extraterrestres convivendo na Terra. Ainda segundo Romo, o próprio Império Siriano tem 12 milhões de exilados na Terra (livro “A Origem”), fora os que estão encarnados a serviço de Jesus (Mestre Sananda) pela Ordem Kumara e outros.
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Fonte: A CAMINHO DA LUZ - História da civilização à Luz do Espiritismo
Ditada pelo Espírito: Emmanuel
Psicografada por: Francisco Cândido Xavier
Publicação original em 1939 pela: Editora FEB
Federação Espírita Brasileira: www.febnet.org.br