POSTAGENS FIXAS

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2020

O JARDIM DO ÉDEN


JESHUA / JESUS / SANANDA

Canalizada por Pamela Kribbe em novembro de 2019

Queridos amigos, saúdo todos vocês do coração da energia Crística. Falo a partir da energia Crística, que se move dentro de vocês e os leva a um tipo diferente de realidade, a um campo de consciência coletiva que difere da consciência que prevalece atualmente na Terra.

Vocês são diferentes da massa da humanidade. São os pioneiros de uma nova era, e estão procurando criar um caminho para um novo território. O trabalho que estão realizando é importante e exige muito de vocês. Vocês criam trilhas energéticas para que outros sigam em direção a uma nova forma de consciência.

Sabemos que esse é um caminho solitário. Nele, vocês se deparam com medos que desconhecem e não sabem lidar bem com eles. Inclusive, por pertencer à vanguarda, a um grupo de pioneiros, vocês não podem recorrer a nada que lhes seja familiar. Vocês são valentes e corajosos, entretanto, ao mesmo tempo, encontram dúvidas sombrias neste caminho solitário para algo novo. Para deixar bem claro de onde vocês vieram e como chegaram neste caminho, eu os levarei de volta a um passado distante.

Gostaria de levá-los de volta à época do Paraíso, ao qual a Bíblia se refere como “Jardim do Éden”, onde viveram os primeiros seres humanos, Adão e Eva. Peço-lhes que deixem de lado tudo o que sua tradição lhes contou sobre este período e lugar. Nesse jardim, havia muita vida que brotava e procurava novas formas. Todos os tipos de formas se desenvolviam nos reinos vegetal e animal, assim como no reino das pedras e dos minerais. E vocês estavam lá nesse jardim. A Terra era abundante e cheia de vida, e vocês faziam parte disso – não como seres humanos, mas como seres etéreos em forma de anjos. Vocês pairavam sobre a Terra e, com suas formas-pensamento, inspiravam-na a tornar-se fértil.

Como vocês chegaram a fazer isso? Vocês mesmos estavam em um caminho; vocês tinham empreendido uma aventura. Em sua essência de anjo, havia uma necessidade de explorar, uma curiosidade de viajar para o novo. Então, em algum ponto de sua longa jornada, vocês chegaram ao planeta Terra. Sentiram que algo novo estava se iniciando aqui, alguma coisa especial, alguma coisa rica. Como seres angélicos, vocês se sentiram atraídos pela Terra. O fato de poder estar aqui e explorar as possibilidades presentes neste planeta lhes dava uma sensação de felicidade. E foi assim que, ao circularem pela Terra, vocês foram inspirados a penetrarem em uma pedra ou uma planta ou uma árvore, ou em um pássaro. Cuidadosamente, vocês infundiam essas formas materiais com sua consciência, e entravam e saiam delas.

Se fossem capazes de rir, teriam rido também, mas ainda não tinham um corpo com o qual fazer isso. Vocês eram como crianças: brincalhões, cheios de confiança, cheios de amor. Sentiram-se convidados a participarem de um grande processo de criação que estava ocorrendo na Terra; e foram cocriadores daquela realidade. Conseguem imaginar o quanto foi grandioso aquele momento… todo aquele período em que vocês estiveram envolvidos com a Terra e o processo de criação? Vocês enviavam sua energia em direção à Terra; energia luminosa que inspirava as formas materiais da Terra a se desenvolverem em todo tipo de seres vivos. Esta evolução foi influenciada externamente pelos seres etéreos, angélicos, que vocês eram.

Em algum ponto, vocês decidiram vivenciar internamente essas criaturas feitas de matéria, e assim tomaram a decisão de se tornarem parte da Terra. Vocês realmente escolheram encarnar em uma forma densa, um corpo, e permanecerem dentro dele do nascimento à morte. Isto foi um salto bem grande em sua evolução. Passou-se muito tempo nesse processo – agora omito muitos dos passos envolvidos – mas chegou um momento em que vocês quiseram experimentar como seria estar encarnado como ser humano. Depois de terem praticado com corpos de outras formas de vida, a culminação desse processo veio como a encarnação em corpos humanos.

É importante que imaginem e entendam como o anjo, que vive em vocês, é leve, flutuante, flexível e livre, e como ele não conhece nenhuma escassez. Um anjo vive da abundância e tem pouca experiência de resistência. Ele vai para os lugares, para as realidades onde se sente convidado. Ele segue seu coração sem esforço e sem dúvida, e sempre descobre e experimenta coisas novas. Então, quando vocês entraram em corpos humanos, novas emoções de incompreensão e inexperiência certamente surgiram com a vida nessa nova forma material; e essa experiência era nova também.

Com suas mentes questionadoras, curiosas, abertas, vocês absorveram tudo. Mas, com o tempo – e aqui, mais uma vez, estou falando de períodos muito longos – vocês perderam parte de sua luz. Parte da liberdade que haviam conhecido enquanto anjos, tornou-se velada pela vida na matéria; de repente, vocês começaram a experimentar a realidade limitada por um corpo – com seus olhos, vocês enxergavam uma coisa; com suas narinas, cheiravam outras; com suas mãos, sentiam isto ou aquilo. Todos esses sentidos resultavam numa percepção fragmentada da realidade. A experiência do mundo parecia muito diferente através de uma consciência terrena, de uma consciência humana. A luz, sempre presente, já não era mais tão facilmente acessível e tangível para vocês. Entretanto, vocês sempre carregaram uma lembrança dessa luz dentro de si, mesmo enquanto avançavam na jornada da encarnação, manifestando-se na matéria, em um corpo e, desta forma, construindo, funcionando e vivendo em uma nova realidade energética.

Todos vocês atingiram o ponto mais profundo do seu processo de encarnação e estão agora no caminho de volta. Esse ponto mais fundo também representa o ponto mais escuro. Chega um momento em que a alma está tão mergulhada na matéria, que não reconhece mais seu próprio ser angélico… não o sente mais. Ela pensa que a realidade física é tudo que existe: “Eu sou meu corpo, sou meu cérebro. Meu pensamento, minhas atitudes, minhas ações são guiadas pela matéria, não pelo espírito.” Como resultado, vocês também podem começar a se sentir impotentes, tristes e angustiados. As coisas podem perder o sentido, porque vocês não sentem mais orientação, não têm mais a sensação de estarem imbuídos daquela luz interior que é seu Lar, sua origem e fonte.

Chega um momento, na jornada de toda alma, em que o ser humano atinge o ponto mais distante possível do seu Eu Angélico. Sinta, por um instante, como você reconhece isso pela sua própria experiência. É aquela situação em que você sabe: “Alcancei o ponto e o tempo mais distantes. Conheci as mais profundas trevas, e isto faz parte da minha jornada, da minha exploração, da minha aventura. Isto não é ruim nem bom; é simplesmente assim que é.”. E agora você está fazendo seu caminho de volta.

Entretanto, no processo de “des-encarnação”, de deixar as partes mais densas da matéria, você sente dificuldade em se libertar das trevas e do medo que encontrou dentro de si mesmo, os quais surgiram porque você se sentiu rejeitado pela sua luz interior, pelo ser que você é em essência. Eu o incentivo a olhar profundamente para esses medos. Está na hora de abandoná-los, de desapegar-se deles. Eles lhe foram úteis de alguma forma, e você aprendeu bastante com eles.

A consciência Crística não é nada além daquela que experimentou e vivenciou todas as facetas do ser na matéria. A partir dessa experiência surge uma compreensão e compaixão por tudo o que existe, respira e sente. Vivenciar isso a partir do íntimo de todas as facetas da vida é riqueza interior. Você já fez tudo isso, embora ainda esteja se esforçando nesse sentido.

Estamos em um momento de mudança e transição, e você está entre os primeiros a lutar com isso; particularmente no campo do trabalho, onde está em contato com a sociedade e suas ideias coletivas e padrões de pensamento. É exatamente aí que você se encontra. Por um lado, porque deseja seguir um caminho diferente, e, por outro lado, porque é aí que aqueles velhos medos são ativados.

Seu passado lhe ensinou muito sobre o que é “bom” e o que é “ruim”, sobre o que pode ser e o que não pode ser. Entretanto, a única coisa que é realmente boa para você, que o conduz ao seu destino, é a voz interior do seu Eu autêntico. Ser autêntico significa ouvir a si mesmo e não se distrair com todas as informações que lhe chegam “de fora”, que lhe dizem o que fazer e o que não fazer. O “segredo” que se refere a você é que o seu pensamento e os seus medos também são informações “de fora”, que não vêm do seu âmago, do seu conhecimento interior. É tudo informação externa.

No momento em que você começa verdadeiramente a reconhecer que você não é seus medos, que você não é seus julgamentos internos, sua percepção muda. E, então, você passa a se manter centrado na sede do seu coração, no centro do seu Ser. O sol que você é sempre esteve aí, mas agora ele está verdadeiramente incorporado na matéria, de onde deseja irradiar sua luz. Ele deseja voltar a inspirar a Terra com sua luz, só que agora, no sentido real, tangível da palavra – a partir da matéria, em um corpo. Não como um anjo etéreo, mas como um ser humano, um anjo encarnado.

Esta é a luz que você veio trazer para cá. É isto que significa ser um trabalhador da Luz – é encontrar sua origem em meio à realidade terrena, que está envolvida numa luta, onde existem muitos medos, bloqueios e julgamentos. Você se torna livre quando se identifica com esse anjo dentro de si. E, para isto, eu gostaria de lhe oferecer algumas abordagens alternativas.

Na Terra, você foi treinado para pensar e fazer… ao extremo! Desde a mais tenra idade, sua educação se concentrou em manifestações externas: O que você é capaz de fazer? O que você é capaz de produzir? A que nível chega a sua capacidade de colocar as coisas em palavras, conceituar, categorizar e rotular?… Tudo isso são construções externas. Pensar e fazer são basicamente instrumentos terrenos para permitir que a energia da sua alma se expresse externamente; mas o que geralmente acontece é que a energia da sua alma acaba sendo sufocada por esses instrumentos. Se o pensamento for considerado importante por si só e não for alimentado pelo coração, pela intuição, ele começará a levar uma vida própria, tornando-se caótico e apavorado, porque o pensamento por si só não possui unidade. Muitos processos de pensamento podem passar por sua mente ao mesmo tempo – informações de diversas fontes – resultando, assim, em energia fragmentada.

A única coisa que pode verdadeiramente unificar é o coração. Pensamentos são úteis e funcionais, pois ajudam a fazer a energia da sua alma fluir para fora. O mesmo se aplica às ações. Mas, em sua sociedade, impera uma espécie de obsessão por fazer. Vocês estão sempre trabalhando em alguma coisa. Acreditam que muito pode ser conseguido através da ação, e ficam desapontados quando isto os leva a um beco sem saída. O que desejo lhe dizer com isto é que muito provavelmente você foi ensinado a agir depressa demais, e não seguir o ritmo da sua alma, daquele conhecimento íntimo de que algumas coisas avançam mais lentamente e requerem mais tempo para se desenvolverem do que simplesmente pensar e agir. As exigências externas lhes pedem que realizem as coisas rapidamente, que conquistem algo imediatamente, que executem logo, que não deixem para mais tarde.

Existem todos esses requisitos e regras que “devem ser seguidos”, mas todos eles são mecanismos de controle, tentando tomar conta da sua vida. A vida não está mais sendo inspirada pela energia ágil e fluida do anjo do seu Eu Superior. E assim, desta maneira, o anjo fica preso em processos de pensar e fazer. Você sente isto quando se frustra se as coisas não funcionam. Isto se torna ainda mais difícil quando há informação externa do tipo: “Você tem que trabalhar mais duro – dar o melhor de si!” Ou quando você precisa estabelecer novas regras para si mesmo, como: “Seja mais disciplinado!” É assim que as soluções da mente funcionam, mas não é aí que se encontra a verdadeira solução. A solução não reside em estruturas, planejamento e pensamento. Essa solução, essa resposta, encontra-se internamente, na fonte do seu ser. É lá que tudo nasce.

Aprecie seus pensamentos e ações, mas não permita que eles comandem tudo. Encontre momentos para experimentar a calma, e permita que seus pensamentos e ações fiquem em silêncio. Tente não se obcecar por resultados – siga seu coração. Se ele lhe der a entender que está na hora de fazer determinada coisa, faça-a. Se lhe disser para não fazer isto e aquilo, ouça essa voz. Podemos perceber esta maneira de reagir nas crianças. Elas seguem o fluxo natural com muito mais facilidade do que os adultos. É por isto que, como pai, mãe ou professor, sentimos que muitas vezes as crianças podem ser teimosas e irritantes. Mas elas seguem seu fluxo natural, seu ritmo natural. Uma criança aprende no seu próprio tempo e no seu próprio ritmo. Ela cria coisas a partir de dentro do seu próprio ser.

Este também era o caso do ser angélico que você era originalmente, naquele Jardim do Éden, naquele tempo remoto. Você era brincalhão e livre como uma criança e criava maravilhas. Era mágico! E se alguém perguntasse a esse anjo: “Como você faz isso? Como você sabe o que tem que fazer?”, ele responderia: “Não faço nada; eu apenas brinco. Faço o que me dá vontade, o que me inspira.” E, no entanto, a partir dessa sabedoria interior e do amor, o anjo sabia qual era o caminho. Tudo isto também está presente em você… agora! O único propósito do exercício que estamos fazendo aqui é ajudá-lo a despertar. Você é aquele ser angélico; solte as rédeas desse anjo. Encontre momentos em que possa sentir aquela descontração, aquela alegria. Desta forma, sua energia começará a fluir novamente.

Quando você se envolve em “coisas” e se sente frustrado, ansioso ou desanimado, acaba ficando preso no “pensar” e “fazer”; um “fazer” que se tornou estagnado. Quando seus pensamentos seguem padrões do tipo: “Tenho que fazer isto, mas parece que não consigo que funcione.”, você está preso no modo “fazer”. O que você precisa, então, é abandonar essas duas energias – pensar e fazer – junto com a compulsão inerente a ambas, de modo a se libertar delas e voltar àquela criança que existe dentro de você, seu ser angélico. A criança e o anjo estão conectados.

Agora peço a todos vocês que experimentem esse sentimento enquanto estamos sentados aqui, cada pessoa simplesmente sendo ela mesma sem seu próprio acervo de problemas ou questionamentos. Minha energia está aqui com todos vocês. E quero pedir que cada um confie nessa consciência angélica em seu interior. Ela o conduzirá ao ponto em que encontrará sua própria liberdade e sentirá: “Estou aqui pela minha própria vontade. No âmago do meu ser, eu sou um mestre. Eu crio esta aventura para mim mesmo e recebo tudo de que necessito – eu sou completo”. Diga “Sim” para esta consciência e veja seus medos e dúvidas a partir desse lugar dentro de si.

Mantenha em mente esse jardim, esse paraíso, no qual você viveu um dia, e acredite que pode trazer essa energia para o aqui e agora. Você pode fazer maravilhas, mas não precisa saber como. Apenas se abra para essa consciência interior que você pode carregar consigo para sempre, e permita que todas as coisas aconteçam espontânea e naturalmente.

Muito obrigado. 

Jeshua
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© Pamela Kribbe www.jeshua.net
Tradução de Vera Corrêa veracorrea46@gmail.com, * www.jeshua.net/por

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