A virtude como elemento da alma
Mestre Serapis Bey
Canalizado
por Thiago Strapassom, em julho de 2018
Filhos, que as bênçãos do amor lhes aqueçam o
coração.
Hoje venho com uma proposta simples, porém
dissonante do comum, porque discuto a virtude.
Discutir a virtude é algo tão comum em seu mundo,
pois para tudo vocês atribuem valores sobre aquilo que é virtuoso ou não.
A virtude, portanto, da forma como a veem, está
conectada ao julgamento, pois se não é virtuoso é pecaminoso, pior ou errado. A
virtude é o certo, o restante é aquilo que não deve ser. Então, vocês atribuem
valores ao que dizem ser virtuoso e delimitam suas experiências tentando
atingir esse estado de virtude.
E essa busca se transforma apenas em uma forma de
pensamento, em um julgamento, em uma maneira de ver o mundo, e o que denominam
como virtude acaba por circunscreve-los a elementos rasos e pobres, a retirá-los
da comunhão com a unidade.
Quando entram na sintonia do certo e errado, do
julgamento, deixam de perceber como a experiência toda, por si só, é virtuosa.
Classificar elementos como virtuosos ou não é como
olhar para uma mesa a partir de uma das beiradas, perdendo a vista da mesa por
completo e, portanto, sua definição. Esquecem-se de que a mesa só é o que é se
estiver dentro daquilo que a mente entende como mesa. É necessário que ela
esteja completa, em todas suas características, para que a compreendam assim.
Deixem, portanto, de buscar a virtude e compreendam
que ela já existe no Todo. O processo por si só já lhes traz a virtude, que é
um resultado da experiência por completo e não um aspecto dela.
Vejam que a virtude surge não de um ponto de vista
daquilo que vivem, mas sim como resultado daquele que se desconectou do
julgamento da vida. A virtude, portanto, é um estado que resulta da desconexão
da consciência do estado de julgamento.
A virtude não é uma atribuição de valores entre
certo e errado, mas aquilo que sobra quando o homem se livra de suas sombras, ao
compreender o valor da comunhão do espírito a tudo que existe.
Estejam em paz, filhos, a compreender que já são
virtuosos em si. Não há porque buscar a virtude, pois como filhos da divindade
que representam, a virtude sempre esteve ao alcance.
Com carinho, de seu irmão.
Serapis Bey
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Fonte: coracaoavatar.blog.br