AUTOESTIMA
OSHO – Uma Consciência
Siriana
A
primeira amizade precisa ser consigo mesmo, mas muito raramente se encontra uma
pessoa que seja amistosa consigo mesma.
Ensinaram-nos
a condenar a nós mesmos. O amor-próprio foi considerado como um pecado. Não é.
Ele
é a base de todos os outros amores, e é somente através dele que o amor
altruísta é possível.
Como
o amor-próprio foi condenado, todas as outras possibilidades de amor
desapareceram.
Essa
foi a estratégia muito ladina para destruir o amor. É como se você dissesse a
uma árvore: “Não se alimente da terra, isso é pecado”.
Não
se alimente da lua, da chuva, do sol e das estrelas; isso é egoísmo.
Seja
altruísta, sirva outras árvores.
Parece
lógico, e esse é o perigo. Parece lógico: se você deseja servir os outros,
sacrifique-se; servir significa sacrificar-se. Mas, se uma árvore se
sacrificar, ela morrerá e não será capaz de servir nenhuma outra árvore; de
maneira nenhuma será capaz de existir.
Ensinaram-lhe:
“Não ame a si mesmo”. Essa foi praticamente a mensagem universal das pretensas
religiões organizadas.
Não
de Jesus, mas certamente do cristianismo; não de Buda, mas do budismo – de todas
as religiões organizadas, este foi o ensinamento: condene a si mesmo, você é
pecador, você não tem valor.
E
por causa dessa condenação, a árvore do ser humano se retraiu, perdeu o brilho,
não pode mais festejar.
As
pessoas vão dando um jeito de se arrastar, não têm raízes na existência – estão
desenraizadas. Elas estão tentando prestar serviço aos outros e não podem,
porque nem foram amistosas consigo mesmas.
Eu
não tenho nenhuma condenação, não crio nenhuma culpa em você. Eu não digo: “Isto
é pecado”.
Eu
não digo que o amarei só quando você preencher certas condições. Eu o amo como
você é, porque essa é a maneira que uma pessoa pode ser amada. Eu o aceito como
você é, porque sei que esse é o único modo que você pode ser. É assim que o
Todo desejou que você fosse. É como o Todo o destinou a ser.
Relaxe
e se aceite, e alegre-se – e, então, vem a transformação. Ela não vem através
de esforços. Ela vem pela aceitação de si mesmo com tal profundidade de amore
felicidade, que não há nenhuma condição, consciente, inconsciente, conhecida,
desconhecida.
O
amor é alquímico. Se você amar, a sua parte feia desaparece, é absorvida, é
transformada. A energia é libertada daquela forma. Todas as coisas chamadas de
pecado simplesmente desaparecem.
Eu
não digo que você tenha que mudá-las; você tem que amar o seu ser, e elas
mudam.
A
mudança é um subproduto, uma consequência.
Ame-se!
Esse deveria ser o mandamento fundamental.
Ame-se!
Tudo o mais se seguirá, mas este é o alicerce.
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Em: OSHO, The Tru Sage, #4
Fonte: http://quanticamentefalando.blogspot.com.br