POSTAGENS FIXAS

terça-feira, 30 de junho de 2015

NO COSMOS, O DESFILE DOS ASTROS


Autor: Paulo R. Yog M. Uchôa

Nas moradas humanas é tudo repouso
Cai a noite. O silêncio reinou sobre a Terra
Se volvermos os olhos aos céus infinitos
Um luzeiro incontrolável, sem véu, se descerra.
Vemos astros e sóis flamejantes nos céus
Que seguidos por seus radiosos planetas
Rodopiam aos milhões nos profundos do espaço
Em desfile solene... Infinita ampulheta...
Busca em vão o telescópio em ronda nos céus
Um limite qualquer na ampliação do Universo
Sucedendo-se aos mundos, são sempre mais mundos
Sucedendo-se aos sóis, outros sóis são dispersos
Multiplicam-se os astros em mil legiões
A tal ponto de se confundirem no espaço
Qual poeira brilhante no abismo infindável
Deste Cosmos que é Mãe a embalar no regaço...
Que recursos humanos usar para expressar
Estes maravilhosos diamantes celestes?
Vinte vezes maior que o meu sol, lá está SÍRIUS!
O meu sol? Um milhão vale em globos terrestres!...
Aldebaran, Procyon, Veja, Antares, Capela,
Sóis rosados, azuis, escarlates, dourados,
Sóis de opala e safira, vós que derramais
Na amplidão vossos raios de luz colorados;
Que fluindo a setenta mil léguas/segundo,
Sem barreiras, no vácuo, em mergulho profundo,
Só nos chegam milhares de anos depois...
Quanto a vós, nebulosas longínquas, quem sois?
Oh! Galáxias, sóis, universos, estrelas,
Vós que sois focos-luz de calor deslumbrante,
Que expandis energia de vida e poder,
Portentosas esferas imensa, brilhantes...
E vós, povos sem conta, raças siderais,
Seres, humanidades, que lá têm morada?
Nossa voz, muito fraca, proclama em vão
Todo o vosso esplendor numa noite estrelada...
Impotentes na voz, só nos resta o olhar
Que fascínio, em êxtase quase indizível,
Se integrando à harmonia solene do Cosmos,
O DESFILE DOS ASTROS contempla impassível.
__________________________________

Fonte: UCHÔA, Alfredo Moacir, in “A Parapsicologia e os Discos Voadores”.